Olimpiadas 2016

Olimpiadas 2016
Olimpiadas 2016

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Rio 2016

25/07/2016 10h41 - Atualizado em 25/07/2016 14h56

Vila tem 600 operários para entregar reparos; prédio do Brasil tem problema

Vazamento no andar térreo atingiu edifício da delegação verde-amarela neste domingo. Delegação holandesa compra material de limpeza, mas não comenta

Por Rio de Janeiro
janeth arcain vila olímpica (Foto: Helena Rebello)Janeth é a prefeita da Vila (Foto: Helena Rebello)
Um dia após a delegação da Austrália fazer duras queixas à estrutura dos apartamentos da Vila dos Atletas, um contingente de 600 funcionários está trabalhando 24 horas por dia exclusivamente para concluir reparos emergenciais até quarta-feira. O número informado pelo Comitê Organizador no domingo era 500 homens. Parte desta força-tarefa também atuou no prédio reservado ao Time Brasil, que apresentou problemas no encanamento do andar térreo, o que gerou um vazamento neste domingo.
- Pelo que vi do prédio do Brasil faltava montar a área de convivência, de entretenimento, mas é capaz de hoje já estar pronto. Sobre encanadores, houve um problema no térreo. Não vi problema desse tipo em nenhum apartamento - revelou a prefeita da Vila, Janeth Arcain.
O Comitê Olímpico do Brasil confirmou apenas a realização de pequenos reparos em tomadas, troca de lâmpadas e serviços de limpeza em quartos ainda não ocupados. Segundo a assessoria de imprensa da entidade, quem chega na Vila encontra tudo pronto.
De plantão na Vila para atender à imprensa e verificar as queixas das delegações, a medalhista de prata do basquete brasileiro afirmou que o prédio da delegação australiana está recebendo atenção especial. A ex-jogadora fez questão de ressaltar que os problemas foram pontuais e não em todas as unidades. 
- Essas últimas 24h foram de finalização dos ajustes, que todo mundo já sabe, principalmente no prédio onde está a Austrália. O que vale citar é o seguinte: a gente fala de um bloco com 17 andares com oito apartamentos em cada andar. Então não são que todos estão com problema. É um ou outro que deu esse problema e que está sendo selecionado. Em 48 horas devemos ter tudo resolvido. Quarta, quinta-feira no máximo.
Prédios da Vila Olímpica decorado com o bandeira do Time Brasil (Foto: André Durão)Prédio do Time Brasil também tem problema na Vila Olímpica (Foto: André Durão)
No início da tarde, o diretor executivo de Esportes do COB, Marcus Vinícius Freire, minimizou os problemas e citou conversas com delegações que reclamaram.
- O que aconteceu nesses dois dias normalmente acontece quando a gente chega na Vila. Estou indo para a Olimpíada número 12, de Verão é a quinta, e isso normalmente acontece, um pouco mais forte ou um pouco menos. E as reações dependem também de como você administra esse dia a dia. Acho que os primeiros dois dias mais pesados já passaram, as soluções estão sendo definidas. Estive hoje com a turma da Austrália, da Argentina e com os holandeses, que também reclamaram um pouco mais, e todo mundo tem dito que o pior já passou. É normal, não é só no Rio. Minha primeira missão olímpica foi em Sidney 2000, sem contar 84 (em Los Angeles), e sempre tem um "negocinho" para consertar nos dois ou três primeiros dias - afirmou.
Marcus Vinicius Freire COB (Foto: Zeca Azevedo)Marcus Vinicius Freire COB (Foto: Zeca Azevedo)
Nesta segunda-feira, o GloboEsporte.com ouviu atletas de Angola e Nova Zelândia e obteve uma impressão geral positiva sobre os apartamentos ocupados pelos mesmos. Janeth diz também ter ouvido muitos elogios. 
- Que eu saiba ninguém mais (reclamou). Se tivesse vocês da imprensa saberiam mais que a gente. Não tenho nenhum foco de que outro país tenha reclamando de algo. Pelo contrário, tenho até citações de que estão gostando da alimentação, que realmente a Vila é bonita e aconchegante. A gente espera que esse calor e sol do Rio venha, pra que na hora que a Vila esteja no seu 100% de atletas e do seu funcionamento, que elas se sintam acolhidas.
A Austrália é a única delegação a adiar a entrada na Vila Olímpica por causa dos problemas estruturais dos apartamentos, mas não está sozinha nas críticas. No domingo, o diretor de comunicação do Rio 2016 afirmou que "todo mundo" reclamou dos problemas, mas poucos estão em estado crítico como o da Austrália.
HOLANDESES COMPRAM MATERIAL DE LIMPEZA
Membros da delegação da Holanda compraram material de limpeza nesta segunda-feira. Em meio às compras era possível ver produtos químicos e muitos rodos, além de tapetes de banheiro. Entre as aquisições também estavam vinho e garrafas de cerveja. Ninguém quis comentar sobre as compras ou a necessidade de fazer faxina nos apartamentos. 
Holanda Vila Olimpica rodos (Foto: Zeca Azevedo)Holandesas compram rodos e outros itens de limpeza (Foto: Zeca Azevedo)
vila holanda produto de limpeza (Foto: Helena Rebello)Holandesas preferem não comentar se terão que fazer faxina por conta própria (Foto: Helena Rebello)
vila holanda produto de limpeza (Foto: Helena Rebello)Carrinho com compras tem também produtos químicos e bebida alcoolica (Foto: Helena Rebello)

Rio 2016

25/07/2016 07h47 - Atualizado em 25/07/2016 07h47

Em meio a gigantes, função de líbero é oásis para os "baixinhos" do vôlei

Posição, oficializada no esporte em 1998, costuma atrair quem não tem altura para fazer frente a grandalhões como Lucão, de 2,09m, e Thaísa, de 1,96m

Por Rio de Janeiro

Em meio aos gigantes do Grêmio de Irajá, ainda criança, Fabi deu início ao seu sonho. Mesmo diante de uma diferença tão grande de altura, a baixinha não pensava em outra saída para a sua vida: queria jogar vôlei. Foi atacante, pasmem, até que a criação de uma nova posição abriu o mundo do vôlei para quem sequer se imaginava entrar em uma quadra. Em 1998, ano em que a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) oficializou a entrada do líbero no esporte, Fabi esqueceu os ataques e passou a se preocupar apenas com o passe e com a defesa.
Na quadra de vôlei, grandalhões como Lucão, de  2,09m, ou o russo Dmitriy Muserskiy, de 2,18m, costumam receber todos os holofotes. Mas, após a criação do líbero, os baixinhos também passaram a ganhar espaço nas equipes. Fabi, de 1,65m, tornou-se gigante na função e se tornou a melhor jogadora da história do país na posição.
Léia Brasil Grand Prix (Foto: Divulgação/FIVB)Léia é a menor jogadora do Brasil nos Jogos (Foto: Divulgação/FIVB)
- Eu era atacante, por incrível que pareça. Eu me iludia de fato. Desde o mirim até o juvenil, achava que ia ser jogadora de vôlei. Era titular do meu time, ajudava meu time a vencer e me imaginava jogando vôlei. Foi bacana ter essa parte ingênua. Por volta de 98, quando a FIVB oficializou que líbero passava a ser uma nova posição dentro do vôlei, eu tinha um treinador, Jaques, que foi meu treinador por muitos anos. Eu me lembro perfeitamente, chegando para um treino, ele me perguntando: “Você viu a nova posição no vôlei?”. Perguntei o que fazia. “Passa e defende”. E mais o que? Não vou fazer um ponto, um ataque? Mas ele disse que essa era a chance de eu jogar vôlei. Eu via a Mireya (Luiz, cubana, considerada uma das maiores jogadoras de todos os tempos), a Shelda. Eram as minhas inspirações. Mas ia ser muito difícil. Eu vi que aquele cara, aquele treinador, não estava dizendo para mudar de posição. Ele queria alimentar meu sonho de me jogar vôlei. Aos poucos, entendi que não tinha outra saída – disse Fabi, em depoimento ao GloboEsporte.com (veja no vídeo acima). 
Brasil x EUA - Liga Mundial de Vôlei Arena Carioca 1 - Serginho (Foto: Divulgação/FIVB)Um dos mais baixos da seleção, Serginho é referência na equipe brasileira que vai aos Jogos (Foto: Divulgação/FIVB)
Hoje, de fato, há pouco espaço para baixinhos nas quadras de vôlei. Mesmo o Brasil, que nunca teve uma seleção tão alta, passou a buscar grandalhões como Lucão e Thaísa. O líbero, então, abriu as possibilidades dentro do jogo e aumentou as chances de diferentes biotipos.
Na seleção masculina, Serginho, talvez o melhor líbero de todos os tempos, mede 1,84m. Destaque da conquista do Grand Prix e convocada para os Jogos do Rio, Léia tem 1,68m. Quase não aparece na foto ao lado das centrais Thaísa, de 1,96m, e Fabiana, de 1,93m. Na equipe de José Roberto Guimarães, Gabi, de 1,76m, é quem chega mais perto.
Mas o cargo de baixinhos não é restrito aos líberos. Os levantadores também aparecem como opção para jogadores nem tão altos assim. Na seleção feminina dos EUA, maior favorita ao ouro no Brasil, Kayla Banwarth não é assim tão baixa, com 1,78m. Tanto que Courtney Thompson, levantadora reserva do time, ocupa o posto de menor jogadora, com 1,70m. Na França, o líbero Jenia Grebennikov, de 1m88m, é maior que o maestro Pierre Pujol, de 1,86m.
França Liga Mundial (Foto: Divulgação / FIVB)Na França, o líbero Grebennikov é pouco maior que o levantador Pierre Pujol (de costas, no meio) (Foto: Divulgação / FIVB)

Rio 2016

25/07/2016 09h52 - Atualizado em 25/07/2016 12h15

Varejão vai fazer exame nos EUA, e presença na Olimpíada fica ameaçada

Com dores nas costas e a pedido do Golden State Warriors, jogador deixa o hotel da seleção brasileira masculina depois de participar do revezamento da tocha olímpica

Por São Paulo
Anderson Varejão seleção brasileira basquete (Foto: David Abramvezt)Anderson Varejão em treino com a seleção brasileira de basquete (Foto: David Abramvezt)
A preocupação de Rubén Magnano com as condições de Anderson Varejão realmente tinha motivos de sobra para tirar o sono do treinador argentino. Na noite de domingo, logo após suaparticipação no revezamento da tocha olímpica, no Pacaembu, em São Paulo, o jogador viajou às pressas para os Estados Unidos para fazer novos exames.
A decisão foi tomada depois que a diretoria do Golden State Warriors tomou conhecimento dos problemas que o jogador vinha enfrentando no Brasil. Sem treinar há cinco dias com uma forte lombalgia, Anderson ficou fora do amistoso do último sábado, quando o Brasil venceu a Romênia por 90 a 45, e já estava vetado da partida desta segunda-feira, contra o mesmo adversário,  às 20h, no mesmo local.
Após a partida, o treinador da seleção brasileira já havia manifestado sua enorme preocupação com a situação do ala-pivô de 33 anos. Em. Entrevista coletiva à imprensa, Magnano nao escondeu que o problema era grave.
- Claro que me preocupa muitíssimo a situação  do Varejão. Ele não treina há cinco dias e qualquer atleta nessas condições faz muita falta. Esperamos contar com ele na Olimpíada - disse Rubén no sábado 
anderson varejão, basquete, tocha olímpica, basquete anderson varejão (Foto: Divulgação/Coca-Cola)Anderson Varejão participa do revezamento da tocha olímpica em São Paulo (Foto: Divulgação/Coca-Cola)

terça-feira, 12 de julho de 2016

Rio 2016

12/07/2016 14h37 - Atualizado em 12/07/2016 15h14

Vadão divulga convocadas; titular 
no Mundial, Luciana fica fora das 18

Liderada por Marta, seleção feminina estreia dia 3 de agosto contra a China. Antes, grupo faz amistoso diante da Austrália, algoz no Mundial, em Fortaleza, dia 23 de julho

Por Rio de Janeiro
Vadão convocação seleção feminina (Foto: Lucas Figueiredo / MoWA Press)Vadão deixa Luciana como suplente para os Jogos Olímpicas (Foto: Lucas Figueiredo / MoWA Press)
Agora é oficial. Vadão divulgou na tarde desta terça-feira as 18 jogadoras - mais quatro na lista de espera - selecionadas para a disputa da Olimpíada. Luciana, goleira titular na última Copa do Mundo, acabou ficando fora da relação principal por escolha técnica e entrou apenas na lista de quatro suplentes - ela falhou no Mundial de 2015 nas oitavas diante da Austrália e também não foi bem quando entrou no amistoso contra o Canadá no último dia 7 de junho, em Ottawa. Bárbara, que assumiu a posição já no final do último ano e estava nos últimos dois Jogos, será a titular.
O treinador da seleção brasileira tem como time base convocado: Barbara; Fabiana, Mônica, Rafaelle e Tamires; Formiga, Thaísa; Marta, Andressa Alves, Cristiane e Bia. No formato atual, Marta deixa de atuar mais como meia e aparece mais como atacante. Por usar esse esquema, o técnico optou também por chamar Andressinha, que desempenha função parecida com a camisa 10 do Brasil. A polivalência, aliás, foi um ponto decisivo. Raquel, por exemplo, exerce função pelos lados do campo, algo que Vadão acha necessário. A versatilidade de Poliana também contou para suas escolhas. 
Vadão e Marco Aurélio Cunha na convocação da seleção feminina (Foto: Lucas Figueiredo / MoWA Press)Vadão e Marco Aurélio Cunha na convocação da seleção feminina (Foto: Lucas Figueiredo / MoWA Press)
A seleção feminina estreia diante da China, dia 3 de agosto, quarta-feira, às 16h (de Brasília), no Engenhão, em partida pelo Grupo E da disputa. Antes, dia 23, às 16h, o Brasil tem o último amistoso antes da Olimpíada diante da Austrália, algoz no último Mundial. O jogo será realizado no Presidente Vargas, em Fortaleza. Marta ainda não está com o grupo em Itu, mas se apresentará 15 dias antes, ou seja, já será presença no compromisso contra a equipe da Oceania.
Confira abaixo a lista completa

Goleiras: Barbara (seleção permanente) e Aline (seleção permanente)
Zagueiras: Mônica (Orlando Pride / EUA), Rafaelle (Changchun Club / China), Bruna Benitez (seleção permanente) e Érika (PSG / França).
Laterais: Fabiana (Dalian Quanjin / China), Poliana (Houston Dash / EUA) e Tamires (Fortuna Hjorring / Dinamarca).
Meio-campo: Formiga (seleção permanente), Thaisa (seleção permanente), Andressinha (Houston Dash / EUA) e Marta (Rosengard / Suécia)
Atacantes: Debinha (Dalian Quanjin / China), Cristiane (PSG / França), Andressa Alves (Barcelona / Espanha), Bia Zaneratto (Steel Red Angels /Coreia do Sul) e Raquel (Changchun Club / China)
Suplentes
Luciana (goleira - seleção permanente), Camila (lateral - seleção permanente), Darlene (atacante - Dalian Quanjin / China)e Thais Guedes (atacante - Steel Red Angels /Coreia do Sul).