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Santos: Zé Roberto promete carregar o piano para Ganso

Volante fala do possível quadrado formado por ele, Arouca, Ganso e Elano, e diz que o Peixe tem prioridade se ele voltar

Zé Roberto prefere carregar o piano para Ganso tocar (Crédito: Reuters)

Klaus Richmond e Marcelo Hazan
Publicada em 09/12/2010 às06:44
Santos (SP)

O piano santista foi tocado com maestria por Ganso, em 2010, e terá a companhia de Elano, em 2011. Além deles, a orquestra alvinegra poderá ter outro maestro: Zé Roberto. Ele revelou aoLANCE!NET que está disposto a se sacrificar por Ganso e a abrir mão de um salário "europeu".

– Se você tem um quadrado com Ganso, Elano, Arouca e eu, não precisa ficar escolhendo posição. Em vez de tocar, preferia carregar o piano para ver o Ganso tocar (risos). Não teria dificuldade na parte financeira. O principal será a parte profissional e a família – garante.

A sinfonia do Peixe só poderá voltar a ser comandada por Paulo Henrique a partir de fevereiro, mês previsto para a sua volta oficial. O meia já foi liberado para iniciar trabalhos no campo, ainda sem bola.

Luis Álvaro comenta sobre possível retorno de Zé Roberto

Enquanto isso, Zé, do Hamburgo (ALE), garante prioridade ao Peixe em uma possível volta ao Brasil em 2011. A identificação vem da passagem pelo Santos entre 2006 e 2007, mas ele não descarta se transferir para outros clubes do país.

Ele ressalta, porém, que não deixará o clube alemão antes de maio da próxima temporada, período em que seu vínculo se encerra.

O interesse do Peixe no jogador é real e antigo, vem desde antes de 6 de junho, quando o atleta veio à Vila Belmiro assistir ao jogo entre Santos e Vasco. Desde então, o Peixe estuda formas de viabilizar o negócio.

– O Zé tem uma tremenda imagem positiva e isso poderia render bastante dinheiro a ele. Então, poderíamos fazer uma engenharia junto ao marketing para trazê-lo – revela o presidente Luis Álvaro Ribeiro.

Além da possibilidade de voltar ao Brasil, Zé estuda outros três caminhos para a sua carreira: renovar com o Hamburgo, ir para os Estados Unidos ou o mundo árabe.

Todas essas dúvidas serão esclarecidas entre 18 de dezembro a 3 de janeiro, período em que Zé virá ao Brasil, durante a pausa no Campeonato Alemão, para definir o seguimento de sua carreira.

Bate-Bola com Zé Roberto
LANCENET!: Sairia do Hamburgo antes do fim do contrato para voltar ao Santos?

Zé Roberto: Não. Tive uma proposta do Red Bull (EUA) e não aceitei, porque queria cumprir meu contrato. Depois que sair, estou aberto para negociações. Tem algumas possibilidades: voltar ao Brasil, mundo árabe e Estados Unidos. Também não descarto uma renovação de mais um ano.

L!NET: O Santos tem prioridade, se você voltar ao Brasil?

ZR: Com certeza, porque o Santos marcou a minha carreira. Até pelo interesse do presidente, que no meio do ano, quando vim ver o jogo entre Santos e Vasco, na Vila, me deixou bem à vontade e disse que se houver possibilidade de voltar, o Santos está com as portas abertas.

L!NET: Seu empresário, Juan Figer, deu uma entrevista ao jornal alemão Bild, dizendo que Grêmio, Fluminense, Corinthians e Santos tem interesse na sua contratação. Verdade?
ZR: Não tive uma conversa com o Juan sobre essas possibilidades. Ele me conhece e sabe que gosto de focar no meu trabalho. No dia 18 volto para o Brasil, por conta da pausa de inverno, e ficarei até o dia 3 de janeiro mais ou menos. Nesse período, vou falar com o Juan sobre essas possibilidades, mas ainda desconheço.

L!NET: O Juan Figer tem boa relação com o São Paulo. Jogaria lá?

ZR: Como disse, a prioridade é do Santos. Não estou fazendo leilão, nem quero que as pessoas me vejam dessa forma, mas sempre priorizei a parte profissional, aquele clube que vai me dar condições para exercer a minha profissão da melhor maneira possível. Se o São Paulo ou outros clubes derem condições de me adequar profissionalmente, não vejo empecilho de analisar.

L!NET: Nessa sua volta ao Brasil, vai definir o seu futuro?

ZR: Já vou ter uma definição do que farei no próximo ano. Quero me organizar antes, porque não sou apenas eu, tem minha esposa e filhos. Acredito que em janeiro já terei uma definição de onde vou jogar.

L!NET: Como analisa a nova diretoria do Santos?

ZR: A filosofia é vencedora, de um time que quer ganhar títulos. Conseguiu manter Neymar e Ganso, trouxe o Elano de volta. Tudo isso é favorável. Visualizando um trabalho, mantendo a base de jogadores promissores como eles, tendo um time que foi campeão duas vezes, e ainda reforçado, dá um incentivo a mais de ir para um time que vai brigar por títulos, tem projeto e organização. Vejo muita coisa positiva nessa atual diretoria. Incentiva qualquer profissional e eu não sou diferente.

L!NET: Vanderlei Luxemburgo teve peso na sua volta ao Santos, em 2006. Agora, não está mais. A estrutura equilibra isso?

ZR: Naquela época, já era bom trabalhar no Santos, e posso observar que de lá para cá melhorou muito mais. O que pesa é a estrutura. Conhecia o Vanderlei, mas já conheço o clube, sei que é estruturado e que tem uma filosofia parecida com a minha, vencedora. Não tem muita diferença, porque está contratando um treinador de peso (Adilson Batista), que fez bons trabalhos por onde passou.

L!NET: Conquistar a Libertadores ainda é um sonho?
ZR: Com certeza. Em 2007 chegamos perto, mas perdemos para o Grêmio, ficou faltando um gol na semifinal. Tenho o sonho de conquistar a Libertadores, é um objetivo particular meu, e será determinante na minha escolha de onde vou jogar, caso volte para o Brasil.

Caminhos possíveis de Zé Roberto

Voltar ao Brasil
Presidente Luis Álvaro Ribeiro deixou as portas do clube abertas para ele. O projeto do Peixe, jogadores como Neymar, Ganso e Elano, além da Libertadores, também pesam a favor do Alvinegro. O volante, porém, não fecha as portas para outros clubes brasileiros, como o São Paulo, por exemplo.

Renovação
O contrato do atleta com o Hamburgo se encerra em maio. Zé não descarta a possibilidade de prorrogar o vínculo com o clube alemão por mais uma temporada.

Estados Unidos
Neste ano, o volante recusou uma proposta do Red Bull (EUA), pela postura de sempre cumprir seus contratos até o fim. Ele, porém, não descarta uma ida aos Estados Unidos.

Mundo árabe
Jogador também não descarta uma ida para o futebol do mundo árabe. Sem especificar clubes, diz que ocorreram contatos iniciais.