Civil prende quatro em operação contra golpes em seguro-desemprego na Baixada
POR MARCO ANTONIO CANOSA
Rio - Policiais da Delegacia Fazendária realizam na manhã desta segunda-feira a operação Justa Causa, que visa o combate a fraudes no seguro-desemprego em municípios da Baixada Fluminense. Sandra Soares da Conceição, 37 anos, acusada de ser a chefe da quadrilha, foi presa em Mesquita e outras três pessoas suspeitas de fazerem parte do esquema também foram detidas.
Dona de um escritório de advocacia, Sandra (de costas) foi presa com outros três suspeitos acusados de fraudar benefícios do seguro-desemprego | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Sandra foi presa em casa, na Rua Eugênio Soares 381, quando dormia. Na residência foi preso também seu ex-marido e braço direito, identificado apenas como Marlon, que chegava ao local para buscá-la. A quadrilha contava também com a colaboração de um funcionário do posto do Sistema Nacional de Empregos (Sine) de Vilar dos Teles, Geraldo Pacheco, preso no momento em que chegava para trabalhar.
Com Sandra, os policiais apreenderam pelo menos 300 carteiras de trabalho e 600 cartões cidadão. Os agentes cumprem cinco mandados de prisão e 13 de busca e apreensão. A operação conta com a participação de 27 policiais e dez viaturas.
Com Sandra, os policiais apreenderam pelo menos 300 carteiras de trabalho e 600 cartões cidadão. Os agentes cumprem cinco mandados de prisão e 13 de busca e apreensão. A operação conta com a participação de 27 policiais e dez viaturas.
Sandra e Marlon, presos em flagrante na manhã desta segunda-feira | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Segundo a polícia, o golpe consistia na adulteração de requerimentos de pedidos de seguro-desemprego. Integrantes da quadrilha procuravam vítimas nas filas dos postos de pagamento do benefício e se ofereciam para agilizar o tempo de recebimento. Sandra, que tinha um escritório de advocacia, falsificava carimbos das empresas, assinaturas e o valor a ser recebido e lançava os dados adulterados no sistema. O grupo é acusado de ficar com parte do valor do seguro e o beneficiário acabava recebendo uma quantia menor do que a devida.
"Os bandidos ficavam com o cartão das vítimas e recebiam os benefícios por elas. Para receber o valor, os desempregados tinha que ir até o escritório deles e não sabiam do golpe", explicou Izabela Santoni, delegada assistente da Delfaz, acrescentando que as investigaçõs sobre a ação da quadrilha começou a pedido do Ministério do Trabalho, após denúncia de um segurado. Sandra e seu ex-marido negaram que aplicassem golpes. "As pessoas me procuravam pedidno ajuda para receber o seguro e eu ajudava", disse Sandra no momento da prisão.
A quadrilha agia principalmente em Duque de Caxias, em São João de Meriti, Mesquita e em Nova Iguaçu.
A quadrilha agia principalmente em Duque de Caxias, em São João de Meriti, Mesquita e em Nova Iguaçu.
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