O passado e o presente da Libertadores: Inter visita o Peñarol
Papa-títulos nas décadas passadas, clube uruguaio tenta voltar aos velhos tempos contra o atual campeão da América
É justo que os clubes brasileiros, por mais que estejam se fortalecendo na Libertadores, ainda se rendam às conquistas continentais do Peñarol. São cinco títulos do principal torneio sul-americano no currículo dos carboneros. Mas bem que o clube de Montevidéu, de passado glorioso, gostaria de ter o presente do Inter, seu adversário nesta quinta-feira, às 19h30m, no Centenário, em Montevidéu. O primeiro duelo das oitavas de final da Libertadores une um gigante dos primeiros tempos da competição com uma potência das últimas edições do torneio.
O Peñarol ganhou as duas primeiras Libertadores, em 1960 e 1961, e depois voltou a conquistá-la em 1966, 1982 e 1987. E aí parou. Com o Inter, aconteceu o contrário. De passado no máximo mediano na competição, o clube se fortaleceu nos últimos anos. Foi campeão em 2006 e repetiu o feito na temporada passada.
O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real a partida no lendário estádio Centenário, construído para a Copa do Mundo de 1930. O SporTV transmite ao vivo para todo o Brasil. O jogo será apitado por Carlos Torres, do Paraguai, auxiliado pelos compatriotas Rodney Aquino e Santiago Cáceres.
Peñarol: o Peñarol tenta engrenar na Libertadores. Com três vitórias e três derrotas na primeira fase, a equipe uruguaia comemora a presença nas oitavas de final, mas sabe que ainda não encontrou a solidez necessária para sonhar com o título. O duelo com o atual campeão da Libertadores é determinante para o crescimento dos carboneros no torneio.
Inter: o time colorado parte para seu maior desafio na temporada. Depois de uma fase de grupos com adversários pouco expressivos, chega a hora de colocar em prática o talento de figuras como D'Alessandro, a experiência de atletas como Guiñazu, a vivência copeira de peças como Bolívar e Rafael Sobis. O Inter precisa de um bom resultado no Uruguai para ter alguma tranquilidade no jogo de volta, semana que vem, no Beira-Rio.
Peñarol: o Peñarol tem dois desfalques importantes. Não conta com o atacante Olivera, suspenso, e com o volante Urretaviscaya, lesionado. Escalação provável: Sebastián Sosa, Alejandro González, Carlos Valdez, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Matías Corujo, Nicolás Freitas, Luis Aguiar e Matías Mier; Antonio Pacheco e Alejandro Martinuccio.
Inter: Falcão confirmou a manutenção de Andrezinho como titular do Inter. Com isso, Oscar deve ficar no banco no Centenário. Escalação: Renan, Nei, Bolívar, Rodrigo e Kleber; Bolatti, Guiñazu, Andrezinho e D'Alessandro; Rafael Sobis e Leandro Damião.
Peñarol: a suspensão de Olivera transforma Antonio Pacheco na maior arma ofensiva do Peñarol. Aos 35 anos, o jogador tem uma longa história se serviços prestados ao time de Montevidéu, pelo qual marcou mais de 100 gols.
Inter: será um jogo especial para Mario Bolatti. O volante retornará ao estádio onde fez o gol da classificação da Argentina para a Copa do Mundo de 2010. Foi em 2009, em jogo histórico contra o Uruguai. A seleção de Diego Armando Maradona respirou aliviada após período de forte pressão, e o agora jogador do Inter garantiu seu lugar na África do Sul.
Diego Aguirre, técnico do Peñarol: "Esperamos poder superar as dificuldades que se apresentam para nós. Creio que o Peñarol pode passar de fase, mas precisamos ter um grande rendimento por parte de todos, individual e coletivo. Temos que estar 100% em todos os sentidos. O Inter tem um grande plantel, jogadores de grande qualidade. Mas estamos próximos de alcançar algo muito bonito para nós".
Rafael Sobis, atacante do Inter: "É um jogo igual. Eles têm a história deles, que tem que ser respeitada, e nós temos a nossa, recente, com nosso time ganhando tudo a nível sul-americano. Vai ser um jogo de 180 minutos. A história não vai entrar em campo. O que entra é a qualidade de cada equipe".
* O Inter atropelou o Peñarol na Libertadores de 1989. Pelas oitavas de final, goleou por 6 a 2 no Beira-Rio e depois também venceu por 2 a 1 no Uruguai. Um dos gols colorados em Montevidéu foi marcado por Diego Aguirre, que agora é técnico do time de Montevidéu.
* Entre todos os classificados, o Peñarol é o time com pior ataque. Fez apenas seis gols, junto com o Jaguares, do México. A média é de um gol por partida.
* O Inter vai para sua quarta partida fora de casa na Libertadores. Até agora, teve resultados distintos: empatou por 1 a 1 com o Emelec, goleou o Jorge Wilstermann por 4 a 1 e perdeu para o Jaguares por 1 a 0.
Inter e Peñarol disputaram amistoso em julho do ano passado, na cidade de Rivera, que faz fronteira entre os dois países. A partida terminou empatada por 0 a 0. Nos pênaltis, os gaúchos venceram por 2 a 1. Os colorados, na época treinados por Celso Roth, foram a campo com Pato Abbondanzieri, Nei (Bruno Silva), Bolívar, Índio (Fabiano Eller) e Kleber; Sandro, Guiñazu, Wilson Matias (Oscar), Giuliano (Taison) e D'Alessandro (Andrezinho); Alecsandro (Leandro Damião).
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