Daniele rebate Daiane e veta Oleg: ‘Seleção permanente não funciona’
Sétima no individual geral do Pan, ginasta diz que não abre mão de seus treinadores para uma possível volta do ucraniano: ‘Não aceito’
Daniele Hypolito pretende ficar na seleção brasileira até os Jogos Rio-2016, mas não aceitará a possível volta de uma equipe permanente, com treinadores estrangeiros. Posição contrária à de Daiane dos Santos. Há três dias, a gaúcha disse que todas as atletas são a favor de reunir a equipe e que seu sonho é ter novamente como técnico o ucraniano Oleg Ostapenko.
- Não concordo. Quer saber se a seleção permanente foi boa para todo mundo? Basta pegar o meu vídeo de Pequim-2008 e os de agora. Não aceito. Meus técnicos são Ricardo Pereira e Viviane Cardoso. Se comparar os resultados do Mundial do ano passado... Daniele e Jade treinam onde? E a Bruna Leal? Treina com a Iryna (lyashenko, técnica chefe da seleção) – disse Daniele, referindo-se à ginasta que, classificada à final do individual geral, se machucou e abriu mão da disputa.
Oleg comandou a seleção permanente em dois ciclos olímpicos. As atletas moravam em Curitiba. Tanto Daniele quanto Jade Barbosa, atletas do Flamengo, não têm boas memórias daquela época.
Daniele só volta atrás se a seleção permanente tiver brasileiros como treinadores. Segundo ela, há intenção, para 2016, é juntar a equipe no Rio de Janeiro.
- Não é questão do local, e sim dos treinadores. Tendo técnicos brasileiros, juntos, é diferente. Estou sabendo que, se for junta a seleção, será no Rio. Não troco meus treinadores. Não troco. Eles que me voltaram a fazer ginástica, estão me dando os melhores resultados. Eles acreditam em mim. Eles acreditam no meu trabalho.
Oleg retornou ao Brasil para liderar o Centro de Excelência de Ginástica (CEGIN), em Curitiba. Daiane deve treinar lá no fim do ano para se preparar para a seletiva olímpica, em janeiro. Depois de Londres-2012, a gaúcha vai se aposentar.
- Agradeço de coração ao trabalho que o Oleg e a Iryna fizeram pela ginástica do Brasil. Não sou maluca. Não sairia da seleção até porque tem seletiva, mas não abro mão dos meus treinadores. Não foi a Iryna que me fez competir aqui. Ela dá uma enorme força para gente, é importantíssima para ver os detalhes, as falhas. Mas o meu planejamento de treinamento durante o ano foi dos meus treinadores.
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