O substituto: Rubinho comanda Brasil com menos gritos e iPad nas mãos
No lugar de Bernardinho, técnico tenta levar seleção à final do Pan do México
As comparações são inevitáveis. O jeito à beira da quadra, o estilo para comandar os jogadores e outros pequenos detalhes. Roberley Leonaldo, o Rubinho, grita, mas com muito menos intensidade que o titular do cargo. O técnico da seleção masculina de vôlei nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara tem gestos mais contidos que os de Bernardinho. Ele, no entanto, evita dizer qual a melhor maneira de guiar o time. Cada um do seu jeito.
- Cada técnico tem a sua forma de trabalhar. Mas acho que a maneira que o Bernardo treina a equipe é extremamente positiva para o grupo - afirmou o treinador, escolhido para substituir o técnico titular, que treina com a equipe principal no Brasil.
Nesta sexta-feira, Rubinho tem mais uma missão à frente da seleção. Depois de liderar a fase classificatória, a equipe enfrenta a Argentina por um lugar na final dos Jogos Pan-Americanos, às 20h (horário de Brasília). Na outra semifinal. Cuba encara o México, às 23h.
Rubinho também tem um lado tecnológico mais aguçado. Durante as partidas, fica com um iPad nas mãos, analisando os detalhes da atuação brasileira e as jogadas rivais. Na última partida da fase classificatória, contra os EUA, um pequeno problema, porém, atrapalhou seu planejamento.
- O iPad parou de funcionar durante o jogo. Deixamos protegido, mas acabaram acertando uma bolada nele mesmo assim, no aquecimento de rede. Sentimos falta desse instrumento, mas nosso sistema de comunicação tem alternativas que andam em paralelo. Temos duas máquinas no banco, o iPad e a comunicação com rádio. Se um deles falha, os outros dão um jeito – disse o técnico, que reconheceu que o aparelho não poderia ir para a mão de Bernardinho: - Talvez não sobrevivesse a alguns jogos – brincou.
O atual treinador afirma que não tem tido problemas para se adaptar à nova função. Auxiliar de Bernardinho, o técnico da equipe em Guadalajara se disse tranquilo na função.
- Já venho treinando a seleção B há algum tempo, em algumas oportunidades. E é uma experiência muito prazerosa. Eu conheço os jogadores há anos. É legal, porque os acompanho desde muito jovens. Pego muitas rotações.
Na busca por um lugar na final, Rubinho já sabe o que fazer. Após dia de folga, o treinador vai tentar consertar alguns erros da equipe, que perdeu o primeiro set contra a jovem seleção americana, ao seu próprio estilo.
- Temos de estudar, trabalhar. Erramos muito no primeiro set e isso nos complicou. Mas vamos trabalhar esses problemas para a semifinal.
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