No embalo de Neymar, Santos inicia Libertadores sob peso do favoritismo
Com um craque em estado de graça e um elenco de jogadores badalados, Peixe é alvo desde o primeiro jogo, nesta terça, contra o Deportivo Táchira
Os jogadores e o técnico Adilson Batista, do Santos, tentam fugir. Desconversam. Dizem que não é bem assim. Mas como não considerar favorita, mesmo de uma competição equilibrada como é a Taça Libertadores, uma equipe que tem Elano, terá Paulo Henrique Ganso (em fase final de recuperação de uma lesão no joelho esquerdo), conta com coadjuvantes inspirados como Zé Eduardo, Maikon Leite e Arouca. E, acima de tudo, tem Neymar em estado de graça?
Neymar e Elano: como não considerar favorito time que tem essa dupla? (Foto: Globoesporte.com)
Só a presença do craque que brilhou a serviço da Seleção Brasileira sub-20 no Pré-Olímpico do Peru já aumenta o status da equipe santista. E é no embalo do prodígio da camisa 11, com toda a responsabilidade de ser “o time a ser batido” e o único paulista na competição mais cobiçada do continente, que o Santos estreia nesta terça-feira, contra o Deportivo Táchira-VEN, às 22h45m (horário de Brasília, 20h15m no horário local), no estádio Pueblo Nuevo, em San Cristóbal, cidade a 840 km de Caracas, a capital venezuelana. É o jogo de abertura do Grupo 5, que tem ainda Colo Colo-CHI e Cerro Porteño-PAR.
O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real. O SporTV transmite para todo o Brasil. A partida será apitada por Carlos Vera, auxiliado por Juan Cedeño e Byron Romero - todos do Equador.
Deportivo Táchira: após um início ruim no campeonato local, o Táchira vem de três vitórias seguidas, resultados que o colocam na sexta colocação. E folgou no último domingo, quando deveria enfrentar o Caracas, para se preparar melhor para a partida contra o Santos. Há dois anos, em sua última participação na fase de grupos, o time viu sua classificação ficar comprometida por causa de uma derrota na primeira partida em casa - diante do Boca Juniors, que, assim como o Santos de hoje, era o adversário mais complicado da chave.
Santos: invicto no Campeonato Paulista, o time de Adilson Batista tem de lidar com o favoritismo diante do adversário no Grupo 5 com menos tradição na Libertadores (os outros são Cerro Porteño-PAR e Colo Colo-CHI). E o retrospecto com venezuelanos confirma essa condição: são sete partidas, com seis vitórias e um empate.
Deportivo Táchira: o técnico Jorge Luis Pinto não pode contar com o atacante chileno Gutiérrez, que sofre com uma lombalgia e vinha se recuperando de uma lesão no joelho. Deve ser substituído por Edgar Pérez Greco. O time deve entrar em campo com Sanhouse, Charcón, Moreno, Rouga e Yegües; Guerrero, Fernández, Parra e Hernández; Pérez Greco e Herrera.
Santos: Adilson só divulgará a escalação no estádio, momentos antes da partida. A principal dúvida é quem será o parceiro de Neymar no ataque. Zé Eduardo, Diogo, Keirrison e Maikon Leite são os concorrentes. Os três primeiros brigam cabeça a cabeça pelo posto. Maikon deverá ficar como opção de velocidade para o segundo tempo. O Santos começa a competição sem o lateral-direito Jonathan, o volante Charles e o meia Paulo Hernique Ganso, que estão machucados. Na vaga de Charles, atua Rodrigo Possebon. Danilo, que voltou da Seleção sub-20, é o favorito para o lugar de Jonathan. Já Róbson deve substituir Ganso. A provável escalação: Rafael, Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Possebon, Elano e Róbson (Adriano); Neymar e Zé Eduardo (Keirrison ou Diogo).
Deportivo Táchira: o meia colombiano Sebastián Hernández é uma das peças-chave do time e disputa sua terceira Libertadores, pelo terceiro time diferente. As outras foram com o Emelec, do Equador, e o Once Caldas, da Colômbia.
Santos: Neymar vem de uma participação de destaque no Sul-Americano Sub-20, no Peru, tornando-se o maior artilheiro da Seleção Brasileira em uma edição do torneio ao marcar nove vezes. Jogará sua primeira Libertadores.
Jorge Luis Pinto, técnico do Deportivo Táchira: "Atacando, (os santistas) são perigosos. Mas, defendendo, são vulneráveis. Não é um time invencível. O segredo é tirar a bola deles"
Neymar, atacante do Santos: "A responsabilidade existe, mas eu estou preparado, tranquilo. Não me importo em ser 'o cara' da competição. Quero é que o Santos seja campeão"
* Esta é a 11ª participação do Santos na Libertadores. Com Pelé em campo, o time venceu as duas primeiras, 1962 e 63. Depois, participou das edições de 1964, 1965, 1984, 2003, 2004, 2005, 2007 e 2008.
* O Táchira tem mais participações, mas menos êxito. Será a 17ª vez que disputa a Libertadores, mas até então só conseguiu passar da fase de grupos em três ocasiões: em 1989, 1991 e 2004.
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