Maior Atletiba da história vale vaga para o Coxa e a elite para o Furacão
Atlético depende de uma combinação de resultados para não cair para Série B. Coritiba precisa vencer para se garantir na Taça Libertadores de 2012
O 348° Atletiba é considerado por pesquisadores, ex-jogadores e torcedores como o maior da história do clássico. Além da rivalidade comum ao duelo, o jogo deste domingo, às 17h (horário de Brasília), na Arena da Baixada, torna-se ainda mais importante por decidir o futuro de ambos na próxima temporada. O Furacão sonha com a permanência na Série A. O Coxa tenta se garantir na Taça Libertadores de 2012.
A tarefa rubro-negra é mais complicada. Além de vencer, depende que o Cruzeiro perca para o Atlético-MG em Sete Lagoas-MG e que o Ceará não vença o Bahia em Pituaçu-BA. Já o Alviverde depende apenas de si. Se ganhar, se garante no G-5. Já em caso de tropeço, o Coritiba teria de secar Internacional, Figueirense, São Paulo e Botafogo.
Com objetivos opostos, Furacão de Lopes e Coxa de Oliveira se encaram na Arena (Foto: Agência Estado)Por esse clima de decisão que envolve o Atletiba, os dois clubes fizeram mistério durante a semana. Além de limitar o número de entrevistas coletivas, eles realizaram treinamentos sem acesso da imprensa.
- Isso é para evitar que algum jogador derrape e motive o adversário. Quanto menos falar, melhor - comentou o atleticano Antônio Lopes, que tem quatro desfalques para o clássico.
- Mesmo se eu soubesse qual seria o estilo (de jogo do Atlético-PR), não iria revelar, para usar como estratégia durante o jogo - explicou o coxa-branca Marcelo Oliveira, que tem três dúvidas.
O duelo terá transmissão da RPC TV, filiada da Rede Globo no Paraná, para Curitiba e litoral. O Premiere 5, pelo sistema Pay-per-view, mostra para todo o Brasil. O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real, com vídeos, a partir de 16h30m.
Atlético-PR: o zagueiro Fabrício é a novidade em relação à derrota para o América-MG. Na direita, Wendel ganha disputa com Wagner Diniz e segue como titular. No meio-campo, Cleber Santana e Marcinho brigam por uma vaga. Com isso, o técnico Antônio Lopes deve escalar o Furacão com Renan Rocha; Wendel, Manoel, Fabrício e Heracles; Deivid, Marcelo Oliveira, Marcinho (Cleber Santana) e Paulo Baier; Guerrón e Federico Nieto.
Coritiba: os volantes Willian e Leandro Donizete voltam de suspensão e brigam por uma vaga. No ataque, Marcos Aurélio pode ser a surpresa na equipe. Se Marcelo Oliveira optar por fortalecer o meio-campo, Tcheco, Everton Costa e Everton Ribeiro surgem como opções. Com base na escalação do último jogo, o provável Coxa tem Vanderlei; Jonas, Jéci, Emerson e Lucas Mendes; Willian (Leandro Donizete), Léo Gago, Tcheco (Everton Ribeiro) e Rafinha; Marcos Aurélio (Everton Costa) e Leonardo.
Atlético-PR: o zagueiro Gustavo Araújo cumpre suspensão pelo terceiro cartão amarelo. O goleiro Santos e os volantes Kleberson e Paulo Roberto seguem em recuperação de lesões.
Coritiba: sem suspensos para o clássico decisivo, o Coxa só está desfalcado do meia Davi, que está no departamento médico.
Sandro Meira Ricci (Fifa/DF) apita a partida, auxiliado por Roberto Braatz (Fifa/PR) e Gilson Bento Coutinho (PR). Ao todo, Ricci participou de 18 jogos, aplicou 89 cartões amarelos (média de 4,9) e cinco vermelhos (média de 0,2), marcou 637 faltas (média de 35,3) e oito pênaltis no Campeonato Brasileiro, que registra média de 5,2 amarelos, 0,3 vermelho e 35,7 faltas. Destes amarelos, 42 foram para mandantes e 47 para visitantes. Ele apitou dois jogos de cada equipe na Série A deste ano: Figueirense 2 a 0 Atlético-PR, pela quinta rodada, Grêmio 2 a 0 Coritiba, pela nona, Inter 1 a 1 Coritiba, pela 24ª, e Avaí 3 a 0 Atlético-PR, pela 28ª.
Atlético-PR: artilheiro do time na temporada, com 18 gols, o meia Paulo Baier é, junto com o zagueiro Manoel, o jogador do atual elenco com mais Atletibas no currículo. Foram seis clássicos, com dois empates e quatro vitórias. O camisa 10 pode usar essa experiência a favor do Furacão neste domingo.
Coritiba: o meia Rafinha foi craque coxa-branca em todo o campeonato. Regular na competição, é dele as principais inspirações ofensivas, principalmente na armação. Se a presença do atacante Marcos Aurélio for confirmada, a dupla será um reforço importante na luta pela conquista de uma vaga na Libertadores da América.
Antônio Lopes, técnico do Atlético-PR: “O alento é a gente alcançar o nosso objetivo, que é permanecer na Série A. Temos condições. É só ganhar do Coritiba que pode acontecer. Não é impossível”.
Marcelo Oliveira, técnico do Coritiba: “Sempre falei que, no futebol, tem uma possibilidade e, se você está trabalhando forte em torno desse objetivo, pode chegar. Construímos essa oportunidade através do trabalho e é com trabalho que a gente vai concretizar”.
* Quem tem vantagem? Confira o histórico do confronto na Futpédia.
* O Atlético-PR tem o pior ataque do Campeonato Brasileiro, com apenas 37 gols marcados. Os artilheiros são os meias Marcinho e Paulo Baier e o atacante Guerrón, com cinco gols cada. Já a zaga é a quinta pior, com 55 gols. O Rubro-Negro só tem melhor desempenho defensivo melhor que Avaí, América-MG, Ceará e Grêmio.
* O Coritiba tem o terceiro melhor ataque. A equipe de Marcelo Oliveira marcou 57 gols, atrás apenas de Fluminense e Flamengo. O artilheiro alviverde é o atacante Bill, que balançou as redes adversárias 11 vezes. Já no quesito defensivo, o Coxa é o quarto melhor. Ele levou 40 gols, atrás apenas de Corinthians, Vasco e Palmeiras.
* Em toda a história, Atlético e Coritiba já se enfrentaram 347 vezes, com vantagem do Coxa, que venceu 133 vezes, contra 108 vitórias atleticanas e 106 empates. Nos gols marcados, a vantagem também é do Coritiba, que marcou 530, contra 477 do Furacão. O primeiro Atletiba, em junho de 1924, terminou com vitória do alviverde por 6 a 3, em partida realizada no Parque da Graciosa, antigo campo do Coritiba.
O último Atletiba, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro, terminou com empate por 1 a 1, no dia 27 de agosto, no Estádio Couto Pereira. O zagueiro Emerson abriu o placar aos 23 minutos do primeiro tempo, de cabeça. O lateral-direito Edílson empatou aos 23 do segundo, em cobrança de falta. A partida recebeu 25.604 pagantes e um público total de 28.449.
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