Cabral: Forças Armadas ficam no Alemão e na Vila até outubro de 2011
Governador faz requisição formal ao Ministério da Defesa

Tanques blindados da Marinha enfileirados num dos acessos à Vila Cruzeiro | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
"Posso afirmar que acabei de assinar um documento que faz a requisição formal da permanência das Forças Armadas no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro até outubro de 2011", disse Cabral em entrevista à Rádio CBN.
Para Cabral, a permanência das Forças Armadas no Rio possibilitará que o cronograma de instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP).
"A nossa parceria com o Ministério da Defesa permitirá que a retomada de um território inexpugnável como o Complexo do Alemão não atrapalhe nosso cronograma de instalações de UPPs. Assim teremos mais tempo para formar nossos policiais", disse.
O governador disse também que a 14ª e próxima UPP vai integrar as comunidades do Morro do Quieto, Matriz e São João, próximos ao Morro dos Macacos. "A ideia é realmente avançarmos para o outro lado do maciço", completou.
Ataques começaram no domingo ao meio-dia
Na manhã da segunda-feira, cinco bandidos armados atacaram motoristas no Trevo das Margaridas, próximo à Avenida Brasil, em Irajá, também na Zona Norte. Os criminosos roubaram e incendiaram três veículos. No mesmo dia, criminosos armados com fuzis atiraram em uma cabine da PM na rua Monsenhor Félix, em frente ao Cemitério de Irajá. A PM acredita que o incidente tenha sido provocado pelos mesmos bandidos que haviam incendiado os três carros na mesma manhã. À noite, traficantes incendiaram dois carros na Rodovia Presidente Dutra, na altura da Pavuna. Foi o quinto ataque a motoristas em menos de 48 horas. Na Zona Norte, outra cabine da Polícia Militar foi metralhada.
No dia seguinte, as polícias Militar e Civil se uniram para reforçar o patrulhamento pelas ruas do Rio. O efetivo foi redobrado para controlar os ataques dos bandidos. A operação, que se chamou 'Fecha Quartel', suspendeu todas as folgas dos policiais militares do Rio de Janeiro. Mais de 20 favelas foram invadidas e armas e drogas foram apreendidas. Bandidos foram presos e alguns criminosos mortos em confronto com agentes.
Em mais um dia de veículos incendiados espalhados pela cidade, mais de 450 homens - entre polícias Militar e Civil e fuzileiros da Marinha, com o apoio de blindados de guerra da força naval, tomaram a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Emissoras de tv mostraram, ao vivo, centenas de bandidos armados fugindo para comunidades vizinhas. Cenas históricas que mostraram a atual situação do Rio de Janeiro. Na sexta-feira 26 de novembro, o Exército e a Polícia Federal entraram na batalha. No sábado, uma chance para traficantes locais. A Polícia Militar tentou a rendição dos cerca de 600 bandidos que estariam no Complexo do Alemão. Exatamente às 7h59 deste domingo, o comando da PM ordenou a invasão e poucos mais de 1 hora depois, o Estado comunicava que o conjunto de favelas estava tomado.
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