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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

o dia


Gari encontra arma e drogas em lixo no Alemão

Rio - Um gari da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) encontrou na manhã desta segunda-feira uma pistola automática e drogas quando limpava uma rua na Favela da Grota, uma das comunidades do Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio.
Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Policial apresenta a arma e os entorpecentes encontrados pelo gari em uma das ruas do Complexo do Alemão | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
O material estava embalado em plástico e fita adesiva e foi encontrado pelo funcionário em um acumulado de lixo na Rua Joaquim de Queiroz, na entrada da favela. De acordo com o Exército, o pacote pode ter descido do morro com a água da chuva que atingiu a cidade na noite de domingo e madrugada desta segunda-feira.

Foi apreendida uma pistola 762, cerca de 900 gramas de maconha, 300 gramas de cocaína e uma pedra de crack.
Três toneladas de maconha

Na manhã desta domingo, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Companhia de Cães da Polícia Militar apreenderam cerca de 3 toneladas de maconha na Fazendinha, no Complexo do Alemão. A polícia recebeu uma denúncia anônima de moradores de que havia drogas escondidas em uma construção no alto do morro.
Foto: Eduardo Naddar / Agência O Dia
Policiais tiveram trabalho para retirar a droga | Foto: Eduardo Naddar / Agência O Dia
De acordo com os PMs, a maconha estava concretada em uma das paredes da construção.  A droga apreendida foi levada para o 16º BPM (Olaria) em um caminhão do Bope.

Ataques começaram no domingo ao meio-dia


A onda de ataques violentos no Rio e Grande Rio começou no domingo 21 de novembro, por volta do meio-dia, na Linha Vermelha, quando seis bandidos armados com cinco fuzis e uma granada fecharam a pista sentido Centro, altura de Vigário Geral. Os criminosos, em dois carros, levaram pertences de passageiros e queimaram dois veículos, após expulsarem os ocupantes. Para o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, as ações criminosas são uma reação contra a política de ocupação de territórios do tráfico, por meio das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e a transferências de bandidos para presídios federais em outros estados.

Na manhã da segunda-feira, cinco bandidos armados atacaram motoristas no Trevo das Margaridas, próximo à Avenida Brasil, em Irajá, também na Zona Norte. Os criminosos roubaram e incendiaram três veículos. No mesmo dia, criminosos armados com fuzis atiraram em uma cabine da PM na rua Monsenhor Félix, em frente ao Cemitério de Irajá. A PM acredita que o incidente tenha sido provocado pelos mesmos bandidos que haviam incendiado os três carros na mesma manhã. À noite, traficantes incendiaram dois carros na Rodovia Presidente Dutra, na altura da Pavuna. Foi o quinto ataque a motoristas em menos de 48 horas. Na Zona Norte, outra cabine da Polícia Militar foi metralhada.
No dia seguinte, as polícias Militar e Civil se uniram para reforçar o patrulhamento pelas ruas do Rio. O efetivo foi redobrado para controlar os ataques dos bandidos. A operação, que se chamou 'Fecha Quartel', suspendeu todas as folgas dos policiais militares do Rio de Janeiro. Mais de 20 favelas foram invadidas e armas e drogas foram apreendidas. Bandidos foram presos e alguns criminosos mortos em confronto com agentes.

Na quarta-feira 24 de novembro, novos ataques: ônibus, van e carros foram incendiados na Zona Norte do Rio, Baixada Fluminense e Niterói. Sérgio Cabral, governador do Rio, desafiou os bandidos: 'Não há paz falsa. Não negociamos'. Em uma reunião de cúpula da Segurança Pública do Estado, ficou decidido que a Marinha daria apoio logístico às operações de resposta aos ataques de bandidos.

Em mais um dia de veículos incendiados espalhados pela cidade, mais de 450 homens - entre polícias Militar e Civil e fuzileiros da Marinha, com o apoio de blindados de guerra da força naval, tomaram a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Emissoras de tv mostraram, ao vivo, centenas de bandidos armados fugindo para comunidades vizinhas. Cenas históricas que mostraram a atual situação do Rio de Janeiro.

Na sexta-feira 26 de novembro, o Exército e a Polícia Federal entraram na batalha. No sábado, uma chance para traficantes locais. A Polícia Militar tentou a rendição dos cerca de 600 bandidos que estariam no Complexo do Alemão. Exatamente às 7h59 deste domingo, o comando da PM ordenou a invasão e poucos mais de 1 hora depois, o Estado comunicava que o conjunto de favelas estava tomado.

Desde então, muitas armas e toneladas de drogas foram apreendidas. Alguns bandidos foram presos e tiveram autorização para serem transferidos para presídios federais, mas os chefões do tráfico de drogas da região ainda estão sendo procurados pela polícia.

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