Léia deslancha e acirra briga com Brait por vaga nos Jogos: "Deixa para o Zé"
Após atuações de alto nível na conquista do Grand Prix, líbero ganha espaço e pode desbancar titular desde adeus de Fabi à seleção. Técnico já pensa em levar as duas

Desde que a líbero bicampeã olímpica Fabi anunciou, na metade de 2014, a sua aposentadoria da seleção brasileira, Camila Brait assumiu a condição de titular da posição e parecia caminhar tranquilamente para a disputa da sua primeira Olimpíada. Mas ela não contava com uma vistosa evolução de Léia a menos de um mês da Rio 2016. Reserva de Brait nos últimos dois anos, a jogadora do Minas despontou na conquista brasileira do Grand Prix, encerrado no domingo, na Tailândia. Com grandes atuações nas vitórias sobre o forte ataque russo e na decisão diante das poderosas americanas, Léia acirrou a briga pela única vaga de líbero nos Jogos Olímpicos. Zé disse que a disputa lhe tira o sono e pretende tomar a decisão em até três semanas, após a fase final de treinos, no CT de Saquarema (RJ), que será iniciada nesta sexta-feira. Ciente de que nunca esteve tão perto de realizar o sonho olímpico, a defensora paulista de 31 anos mantém os pés no chão, mas confia no trabalho que fez.
- Deixa para o Zé, que ele decida. Para mim, (o Grand Prix) foi bom como atleta. Eu pude jogar mais, pude jogar contra as equipes fortes. Então, eu sou grata por ele ter me dado essa oportunidade, e que bom que deu tudo certo - afirmou Léia, no desembarque da seleção brasileira, em Guarulhos (SP), na segunda-feira.
A briga pela vaga de líbero da seleção está tão em evidência que José Roberto Guimarães pode até levar Camila Brait e Léia para a Rio 2016, abrindo mão de contar com reposição para outra posição como ponteira ou oposta na lista final de 12 convocadas.
- A Léia foi bem, teve um desempenho bom no passe e defesa. Essa é a disputa que mais me tira o sono ultimamente. Não desconsidero (levar duas líberos para os Jogos) - comentou Zé.
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A primeira convocação de Léia foi apenas para o Mundial de 2014, quando a seleção conquistou a medalha de bronze. Porém, na competição disputada na Itália, ela foi a única das 14 convocadas a não entrar em quadra. Mesmo sem grandes oportunidades com a camisa da seleção, ela continuou se esforçando até que a chance de ouro pintasse nas finais do Grand Prix deste ano.
- Eu vivo muito o hoje em tudo que eu faço. Eu sempre pensei que quando o Zé me convocasse, eu precisaria dar o meu máximo. A gente tem grandes referências de líbero no Brasil e não pode deixar a desejar. Eu sempre pensei em dar o meu melhor, vivendo um dia de cada vez.
A despeito da briga escancarada que protagonizam por vaga na seleção que buscará o tri olímpico, Léia e Camila Brait mantém uma relação cordial. Mas elas evitam falar sobre o corte.
- A gente conversa bastante. Mas falar em corte, todo mundo acha ruim. Ninguém quer ser cortada, ainda mais com um trabalho tão bom como é o nosso. Na conversa, a gente não fala se vou ser eu ou se vai ser ela. A conversa é de forma saudável, que vamos treinar, vamos ralar e o que acontecer faz parte. A gente se gosta e o grupo se gosta. Está todo mundo torcendo uma pela outra - explicou Léia.

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